terça-feira, 8 de setembro de 2015

     Esses dias lembrei de como foi quando você fechou a última mala. Disse que tava cansado de tanta discussão, e o pior que eu também. Cê foi com aquele sentimento pesado, entende?! De que se vai, querendo ficar mais um pouco. Me lembrei do quanto gostava de como teu olho ficava na luz do sol, aquela mistura de verde com amarelo-claro com olhar de quem já sofreu muito do mal de coração partido, mas que ficou pra esperar até o final.

      E era ruim ver que você não queria mais esperar, e eu não te culpo meu amor, as pessoas cansam as vezes.
Até paredes do apartamento sentem sua falta, do dia que a gente pintou tudo de azul cor do mar e juramos amor eterno. Queria que tivesse sido.
Eu disse que as coisas não iam ser fáceis, mas o amor supera tudo.
Quase tudo, meu bem.

     A parte mais difícil não foi o adeus, foi o que eu ia fazer quando você fechasse a porta.
Chorar? Não adiantava mais, até meus olhos já estavam cansados de chorar machucados que não se curavam nunca. Eu iria simplesmente seguir em frente. Sem tua mão na minha, seu tem carinho nos sábados a noite, sem teus beijos, sem teu amor que me completava naqueles dias que dava tudo errado, mas eu ainda tinha você, então não tinha nada ruim o bastante.

Quando você achou que não dava mais, eu esperei sinceramente que você soubesse o que estava fazendo. Que soubesse o que estava deixando pra trás. O quanto de amor que ainda tinha pra descobrir.

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