domingo, 12 de junho de 2016

Ela

        Ela é brisa de verão na praia da minha cidade natal. Ela é cheirinho de café fresco, cobertor que me aquece no frio de julho, é calmaria do domingo de manhã misturado com agito do sábado à noite. Ela é um campo coberto de margaridas, tulipas ou rosas, suas preferidas. Ela é conforto do colo de mãe, é a mais linda obra de arte já contemplada, e olha que eu nem sou crítico. É a responsável pela festa de borboletas no meu estômago toda vez que a vejo
       
É serena quando quer ser, mas as vezes é tempestade. 

Ela é tão linda, pena que não acha. Ela não se vê dormindo, lendo, ou simplesmente comendo torradas no café, por isso não acha. Ela faz a segunda-feira ser tão boa que até parece ser sexta outra vez, só por estar lá. 

Ela pode estar há metros, quilômetros, ou milhas daqui, mas ela sempre está onde eu vou. Ela não precisa mudar nada nela mesma, nem as pantufas de cachorro, o cachecol surrado com o tempo e os filmes que ela gosta e eu não gosto tanto assim. 

Eu trocaria minha eternidade pra ter mil eternidades com ela, 

De novo e de novo. 

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