O real problema é que ele não tinha tanta graça.
Não no sentido de ser engraçado, mas no sentido de não animar o meu dia, não me fazer ver cor na vida mesmo quando eu não queria sair da cama pra vivê-la.
Era atencioso, legal, gentil e amoroso, mas você sabe que é preciso algo mais, algo que te ligue com a pessoa, e que faça com que a ideia de passar a vida sem acordar com esse alguém do lado, te revire o estômago e te dê um nervosismo ansioso, de como quem se imagina sem abrigo na passada de um tornado categoria 5.
Ele foi bom em ser bom comigo, mas faltava alguma pecinha, sabe? Aquela atração magnética que me faria grudar nele, e passar horas no conforto daquele abraço. Faltava isso. E isso é mais que essencial. O problema é que não dá pra fazer alguém ser o que não é, não dá pra restaurar alguém pros padrões de fábrica e rezar pra que a pessoa volte com a carga contrária à sua.
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